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Prazo para vacinação contra febre aftosa termina nesta sexta-feira

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Fernando Kluwe Dias (Governo do Estado)

A campanha de vacinação contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul termina nesta sexta-feira. O prazo final era até 14 de abril, mas foi prorrogado. Até agora, na Região Central, cerca de 650 mil animais já foram vacinados, entre bovinos e bubalinos (búfalos). Este número representa 65% da criação dos 26 municípios (veja lista abaixo) abrangidos pela 15ª Supervisão Regional da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, localizada em Santa Maria.

São, aproximadamente, 1 milhão de cabeças de bovinos e 15 mil búfalos na região, em 22 mil propriedades rurais cadastradas. Ao todo, o governo espera que 12,6 milhões de animais sejam imunizados.

Vacina da gripe está disponível em 25 postos de saúde nesta sexta

Os criadores podem comprar a vacina até hoje, nas agropecuárias, ao preço médio de R$ 1,40. Conforme o supervisor regional da Inspetoria Veterinária, Ernani Brunelli Alves, o prazo não será prorrogado novamente. Ainda segundo ele, o número oficial de animais vacinados está dentro da expectativa e deve aumentar na próxima semana, pois os produtores deixam para comprovar a vacinação na última hora. Para fazer a comprovação, é necessário levar a nota fiscal da compra das doses na sede da inspetoria referente à cidade ou enviá-la por email ou WhatsApp até 30 de abril.

Quem não aplicar as doses, pode ser multado a partir de R$ 1 mil. Além disso, a propriedade é interditada, e a aplicação das doses é feita com o acompanhamento da equipe de inspetores.

ÚLTIMA VACINAÇÃO OBRIGATÓRIA?

Alves explica que a vacina contra a febre aftosa é fundamental para que o criador não tenha perdas comerciais. De acordo com ele, a doença é grave e gera lesões corporais em várias partes do animal, dificultando, em função da dor, a locomoção do bovino ou bubalino:

- O Rio Grande do Sul exporta carne para outros Estados e países. Ninguém quer carne de locais que tenham a doença. Não temos nenhum foco de infecção e temos que manter.

Tradicionalmente, a campanha acontece em maio, mas, em 2020, foi antecipada por conta de uma estratégia do Rio Grande do Sul para ser declarado um Estado livre de aftosa sem vacinação e, obter, depois, reconhecimento internacional dessa condição pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

Há quatro dias Santa Maria não registra novos casos de coronavírus

No Brasil, até o momento, apenas Santa Catarina e Paraná possuem esse status sanitário. Portanto, este ano pode ser o último de vacinação obrigatória contra de febre aftosa para os gaúchos. Ao contrário dos outros anos, em novembro, não haverá a segunda etapa da campanha.

style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: arquivo pessoal
Criação de gado em Júlio de Castilhos

QUALIDADE DA CARNE

Para evitar as consequências da febre, que pode levar a perda de peso, redução da produção de leite e até ao sacrifício sanitário do animal, o agricultor e pecuarista Gilberto Ilha Pozzobon vacinou 176 cabeças de gado nesta semana e fez a comprovação.

Ele reconhece a importância do medicamento, porém, alega que a aplicação prejudica o rendimento de carne do animal no momento do abate.

- O que prejudica o produto são os abcessos, os caroços que surgem no local onde se aplica a vacina no animal, de forma subcutânea ou intramuscular. O frigorífico reclama. Já vi 10 quilos de carne serem perdidos por conta disso - fala o produtor, que mora próximo a BR-287, na localidade de Canabarro.

Entretanto, o médico-veterinário Rodrigo Saraiva Bender diz que os caroços não são "culpa" da vacina. O profissional fala que os abcessos são gerados por conta de impurezas que se infiltram na pele durante a aplicação.

- Toda vacina tem uma reação local, mas o caroço só surge se alguma sujeira for carregada junto. Há uma perda maior na carne quando a vacina é intramuscular, porque o caroço, até mesmo com pus, passa despercebido. O problema só é visto no açougue. Este foi um dos motivos, inclusive, de, há mais ou menos dois anos, os Estados Unidos terem parado de importar carne do Brasil - explica Bender.

COMO COMPROVAR A VACINAÇÃO (ATÉ 30 DE ABRIL)

  • Para evitar aglomerações nas inspetorias locais e deter o avanço da pandemia do novo coronavírus no Rio Grande do Sul, os produtores podem enviar os comprovantes de vacinação por e-mail ou WhatsApp. A lista com os e-mails das inspetorias locais de defesa agropecuária pode ser consultada no endereço agricultura.rs.gov.br/e-mails-das-inspetorias. O número de WhatsApp da inspetoria é o mesmo do telefone fixo . Fonte: Governo do Estado

Municípios de abrangência da 15ª Supervisão Regional da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

  • Agudo
  • Dilermando de Aguiar
  • Dona Francisca
  • Faxinal do Soturno
  • Formigueiro
  • Itaara
  • Ivorá
  • Jaguari
  • Jari
  • Júlio de Castilhos
  • Mata
  • Nova Esperança do Sul
  • Nova Palma
  • Paraíso do Sul
  • Pinhal Grande
  • Quevedos
  • Restinga Sêca
  • Santa Maria
  • São João do Polêsine
  • São Martinho da Serra
  • São Pedro
  • São Sepé
  • São Vicente do Sul
  • Silveira Martins
  • Toropi
  • Tupanciretã

*Colaborou Rafael Favero

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